James Comey, o ex-diretor do FBI despedido em maio por Donald Trump, vai testemunhar na quinta-feira no Senado, mas esta quarta-feira enviou um documento de sete páginas ao Comité dos Serviços de Inteligência com as suas declarações. A CNN selecionou seis frases que marcam o testemunho de Comey e que podem colocar o presidente norte-americano em maus lençóis.

Telefonema de Trump a 11 de abril: “Ele disse que faria aquilo e acrescentou ‘porque te fui muito leal, muito leal, tivemos aquela coisa que sabes’. Na altura, não lhe respondi nem perguntei o que queria dizer com ‘aquela coisa'”.

Telefonema de Trump 30 de março: “Disse-me que não tinha nada a ver com a Rússia, que não tinha estado envolvido com prostitutas na Rússia e que sempre assumiu que estava a ser gravado enquanto esteve na Rússia.”

Telefonema de Trump 30 de março: “Perguntou-me o que poderíamos fazer para ‘levantar a nuvem'”, referindo-se à nuvem que pairava sobre a sua eventual ligação à Rússia.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Jantar entre Comey e Trump a 27 de janeiro: “Momentos depois, o presidente disse ‘preciso de lealdade, espero lealdade’. Eu não mexi, falei ou mudei a minha expressão facial durante o silêncio incómodo que ficou depois [de Trump ter dito esta frase].”

Reunião com Trump a 6 de janeiro: “Discuti com a equipa que está na liderança do FBI se me devia preparar para assegurar ao presidente eleito Trump que não estávamos a investigá-lo pessoalmente. E isso era verdade; não tínhamos aberto um processo de contra-inteligência sobre ele. Concordámos que eu o faria se as circunstâncias o justificassem… Dei essa garantia.”

Reunião a 14 de fevereiro na Sala Oval: “Quando a porta se fechou e ficámos sozinhos, o presidente começou por dizer: ‘Quero falar sobre Mike Flynn.”

O ex-diretor do FBI vai testemunhar na quinta-feira no Senado às 15h00 em Lisboa, primeiro numa audição pública e depois numa audição à porta fechada, diante dos 15 membros republicanos e democratas que compõem o Comité dos Serviços de Inteligência do Senado. James Comey não presta declarações públicas desde a sua demissão repentina a 9 de maio.

James Comey diz que foi pressionado por Donald Trump, que lhe pediu “lealdade”