É quase certo que a anunciada compra da Proton e da Lotus por parte da Geely, cuja efectivação está prevista lá mais para o final de Julho, se traduzirá numa nova vida para as marcas malaia e britânica. Mas também poderá acarretar benefícios para outro nome de peso que faz parte integrante do portefólio do grupo chinês: a Volvo.

A fazer fé nas palavras de Roger Wallgren, engenheiro da marca sueca, à australiana Drive, é vista com bons olhos a eventual participação dos especialistas britânicos no desenvolvimento de novos modelos da Volvo, sobretudo ao nível da afinação dos chassis, e muito especialmente das suas versões mais desportivas. Ou não fosse invejável quer a experiência da Lotus neste domínio, quer a sua tradição no fornecimento de soluções, nomeadamente em termos de consultoria, neste particular.

Segundo o principal responsável pelo chassi do novo XC60, as mais-valias que a Lotus poderá oferecer nesta matéria serão muito bem vindas:

Não vejo qualquer problema em fazer uso dos seus conhecimentos. Penso que serão bastante aplicáveis em toda a gama. Necessitamos que haja diálogo – podemos mutuamente trocar conhecimento.”

Embora ressalvando que ainda não existe qualquer plano concreto para que a Volvo faça uso dos engenheiros da Lotus, Roger Wallgren adianta que as competências da marca fundada por Colin Chapman são por demais relevantes, e que a Geely tem grandes ambições para os futuros modelos da casa de Gotemburgo, incluindo um aumento do investimento na sua divisão desportiva Polestar. “A Polestar é uma marca que irá ser utilizada – não a vamos deixar por lá sem fazer nada. Mais cedo ou mais tarde, algo irá acontecer.”

Quem sabe, dentro de alguns anos, não teremos aqui uma potencial rival da Audi Sport, da BMW M ou da Mercedes-AMG? Com a participação da Lotus, a probabilidade de tal cenário se concretizar seguramente que aumentará.

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