Barack Obama está de visita ao Canadá e aproveitou a oportunidade para se encontrar com o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau. Os dois jantaram no restaurante Liverpool House (um dos favoritos de Trudeau), no bairro de St. Henri em Montreal, na noite de quarta-feira e fizeram questão de partilhar o momento nas redes sociais.

“Esta noite em Montreal, Barack Obama e Justin Trudeau discutiram o seu compromisso para com o desenvolvimento da próxima geração de líderes”, escreveu a Obama Foundation no Twitter, onde divulgou uma fotografia de Obama e Trudeau sentados à mesa e absorvidos pela conversa.

Uma outra imagem foi partilhada pelo primeiro-ministro canadiano nas redes sociais. “Como levar os jovens líderes a agirem?”, escreveu Trudeau, agradecendo a Obama a visita à sua terra-natal, Montreal.

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O ex-presidente dos EUA viajou até Montreal a convite da Câmara do Comércio da cidade, onde falou perante uma plateia de seis mil pessoas esta terça-feira. De acordo com o presidente, Michel Leblanc, o convite foi dirigido a Obama quando ele ainda estava na Casa Branca. Só que a resposta tardou: só chegou há cerca de um mês.

Durante o discurso — o primeiro fora dos Estados Unidos desde que deixou a Casa Branca –, Barack Obama falou da ameaça terrorista e da ascensão do populismo, defendendo que a única hipótese de um futuro melhor passa por manter a ordem internacional, estabelecida desde a Segunda Guerra Mundial. “Os Estados Unidos e o Canadá ajudaram a tornar o mundo mais seguro, justo e próspero”, disse, citado pelo Montreal Gazette. “A nossa história, os nossos esforços, respondem ao mesmo conjunto de valores.”

Obama referiu, ainda que de forma breve, a decisão de Donald Trump de sair do Acordo de Paris, firmado quando era ainda Presidente. Apesar de estar “desapontado”, o ex-governante garantiu que o tratado “histórico” irá sobreviver à saída dos Estados Unidos. Mas as coisas terão de ser feitas com “mais urgência”.

Em Paris, reunimo-nos em torno do acordo mais ambicioso na história do combate às alterações climáticas. Um acordo que, mesmo com a ausência temporária da liderança dos Estados Unidos, irá dar aos nossos filhos uma hipótese para lutar”, disse, de acordo com a BBC.

Admitindo que é perigoso duvidar da democracia, Barack Obama defendeu que é importante que aqueles que acreditam nos valores democráticos falem com “convicção”. “É a nossa única hipótese, foi isso que nos trouxe até aqui.”