O jogo particular entre a Espanha e a Colômbia foi uma das noites mais tristes para Manolo Artesero, mais conhecido como Manolo do Bombo. Manolo é, talvez, o adepto mais famoso de Espanha. Roubaram-lhe o instrumento, o seu famoso bombo, com que alegrava os jogos da seleção espanhola esta quarta-feira antes da partida em Múrcia. Terá sido um grupo de raparigas da região que se ofereceu para levar o instrumento a àquela cidade. “É um desgosto”, confessa.

“Chamaram-me para me dizer que tinham forçado o meu carro. Levaram o bombo, as tampas, tudo”, contou entre soluços e lágrimas numa entrevista dada ao El Chiringuito. “Acompanho a equipa há 44 anos. Fui a nove mundiais, sete europeus, a mais de 400 partidos”, recorda. Mas nem o desgosto o impediu de entrar no estádio. “É a primeira vez que estou num estádio sem o bombo. Estou muito mal”.

Obrigado a toda a Espanha. Sinto muito por não poder tocar o bombo. Que fiquem todos a saber do que me aconteceu. Preferia não ir ao estádio e ter o bombo.”

Apesar do roubo, Manolo promete continuar a acompanhar a seleção: “Vou continuar a acompanhar enquanto o público me quiser. Em todos os sítios onde vou, sou querido. Que desgosto é olhar, porque todos querem ver um bombo”.

À saída do jogo uma multidão rodeou-o com selfies, beijos e abraços. Mas ele saiu sozinho, triste, e sem o seu bombo.

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