Modelo que simbolizava, até hoje, o topo da gama da marca francesa do double chevron, o Citroën C5 acaba de despedir-se dos palcos automóveis, numa altura em que era já a proposta do género mais antiga ainda em comercialização na Europa. A cumprir 10 anos no mercado, com esta referência da indústria automóvel francesa desaparece, no entanto, também a não menos famosa suspensão hidropneumática.

Numa altura em que são vários os rumores de que a Citroën estará já a trabalhar num substituto do modelo, capaz de assumir o difícil papel de referência, não só na oferta do fabricante, mas também num segmento dominado por alemães, o último exemplar do C5 deixou a linha de montagem da fábrica da PSA em Rennes, França. Colocando, assim, um ponto final na existência deste outrora famoso familiar de gama média-alta.

Já quanto à suspensão hidropneumática que marcou, ela própria, a vida do C5, a Citroën confirma que também ela dará lugar a uma solução mais revolucionária. A qual, acrescenta o fabricante, deverá conseguir responder de forma positiva a duas das limitações que a tecnologia hidropneumática possuía: altos custos de produção e pouca procura por parte parte dos clientes.

O Citroën C5 terminou aquela que foi a sua segunda geração com um total de mais de 635 mil unidades vendidas, 435 mil das quais transaccionadas na Europa. Onde, contudo, no último ano de comercialização, não se venderam mais que 10 mil exemplares do modelo.

A última unidade C5 produzida para o mercado europeu foi uma Tourer, ou carrinha, uma vez que a produção do sedan havia sido já terminada em 2016. No entanto, a Citroën continuará a fabricar uma versão actualizada do modelo para comercialização apenas na China, mercado onde o modelo continua a ter boa procura. E que se destacará por apresentar um design renovado, novos interiores e uma suspensão do tipo tradicional.

Quanto a um possível sucessor, poderá chegar já no próximo ano, presumivelmente com a carroçaria de um hatchback de dimensões generosas, equipado com motorizações híbridas. Sendo que, também aqui, a mais recente suspensão Hydractive deverá ser substituída por uma solução mais tradicional, embora numa configuração capaz de privilegiar o conforto.

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