O museólogo Paulo Costa vai manter-se na direção do Museu Nacional de Etnologia e do Museu de Arte Popular, em Lisboa, na sequência de concurso público, indica um despacho publicado esta sexta-feira em Diário da República (DR).

De acordo com o despacho n.º 5177/2017, assinado pelo subdiretor-geral do Património Cultural, Filipe Campos Silva, o diretor dos dois museus, onde se encontrava desde 2015 em regime de substituição, é agora designado para uma comissão de serviço de três anos.

A comissão de serviço é atribuída na sequência de seleção realizada em concurso público para o cargo de direção intermédia de 1.º grau daqueles museus.

Paulo Costa irá exercer, em comissão de serviço, por três anos, renovável por iguais períodos de tempo, o cargo de diretor do Museu Nacional de Etnologia e do Museu de Arte Popular, com efeitos desde 3 de maio de 2017.

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A escolha do responsável é sustentada em despacho “em virtude de reunir os requisitos legalmente exigidos e deter o perfil adequado, e demonstrativo da aptidão, competência técnica e experiência profissional necessárias para o desempenho do cargo, conforme evidenciado pela nota curricular”.

Nascido em 1968, Paulo Jorge Moreno Ferreira da Costa é licenciado em Antropologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa, fez uma pós-graduação em Antropologia pela mesma faculdade, mestrado e doutoramento em Políticas e Imagens da Cultura e Museologia.

Antes de ter estado em regime de substituição, desde março de 2015, na direção dos dois museus, Paulo Costa foi técnico superior na Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) entre 2014 e 2015, com desempenho de funções na área do património imaterial e assegurando a continuidade de projetos e linhas de trabalho que definiu nesta área desde 2007.

Foi chefe da Divisão do Património Imóvel, Móvel e Imaterial da DGPC (2012 a 2014), diretor do Departamento de Património Imaterial do Instituto dos Museus e da Conservação (2007 a 2012), diretor dos Serviços de Inventário do Instituto Português de Museus (2002 a 2007), técnico superior no Instituto Português de Museus (2002), e no Museu Nacional de Etnologia (1993 a 2001).

Foi contratado pela Câmara Municipal do Cadaval para a elaboração do estudo etnográfico do município (1989-1990).

É autor de diversos trabalhos sobre culturas populares de matriz rural, museologia etnológica, inventário e gestão de coleções e património imaterial, nomeadamente “Da preservação ao acesso público: o património fílmico de Margot Dias”, e “Sistemas Matriz: instrumentos para a gestão e o acesso ao património cultural”.