O presidente do Brasil, Michel Temer, assegurou hoje estar “muito tranquilo e muito sereno” depois de o Tribunal Superior Eleitoral o ter absolvido, juntamente com Dilma Rousseff, das denúncias de uma possível corrupção na campanha eleitoral de 2014.

“Estou muito tranquilo e muito sereno. Vamos continuar a pacificar o país”, disse Temer hoje de madrugada na televisão brasileira Globo e à saída de um jantar em Brasília para celebrar o aniversário do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Por quatro votos contra três, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) absolveu na sexta-feira Dilma Rousseff e Michel Temer de estarem ligados a um eventual financiamento ilícito na campanha eleitoral de 2014 em que ambos participaram, o que permitiu ao atual presidente do Brasil manter-se no cargo.

Temer, que ocupa a presidência do Brasil desde maio de 2016, participou em comícios como candidato a vice-presidente e apoiou Dilma Rousseff, que foi destituída no ano passado por eventuais irregularidades fiscais em orçamentos realizados pelo governo brasileiro.

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Depois de conhecer o resultado do TSE, Temer difundiu um comunicado em que dizia que a justiça prevaleceu de “forma plena e absoluta”.

“A justiça manifestou-se de um modo independente. Cada um de nós acatará com sobriedade, humildade e respeito a decisão do TSE”, disse, por seu lado, o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, no Palácio do Planalto, sede do Governo brasileiro.

Para Temer, a decisão do TSE é um sinal de que as instituições “continuam a garantir o bom funcionamento da democracia brasileira”.

“Como chefe do executivo, o Presidente da República, continuará, junto do Congresso Nacional, a honrar os seus compromissos de trabalhar para que o Brasil regresse ao caminho do desenvolvimento e do crescimento com mais oportunidades para todos”, lembrou o porta-voz.

Com a absolvição, Temer elimina uma das frentes judiciais que tem abertas.

Enfrenta, no entanto, uma outra, no Supremo Tribunal, que abriu uma investigação contra possíveis delitos de corrupção passiva, obstrução à justiça e associação criminosa, por si cometidos.

A investigação baseia-se em delações premiadas de gestores do grupo JBS, que declararam à Justiça terem subornado Temer desde 2010.

Juízes mantêm Michel Temer na Presidência do Brasil com 4 votos contra 3