O Qatar recorreu à Rússia para tentar quebrar o isolamento diplomático e o bloqueio a que foi sujeito por vários países do Golfo Pérsico, liderados pela Arábia Saudita, e defendeu as suas boas relações com o Irão. “Todas as diferenças devem solucionar-se devido ao diálogo e o formato do Conselho de Cooperação para os Estados Árabes do Golfo é a melhor maneira para isso”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Mohamed bin Abdelrahman al Zani, numa reunião com o seu homólogo russo, citado pela agência de informação espanhola Efe.

Al Zani vincou que o objetivo da sua visita a Moscovo era informar os dirigentes russos sobre as “medidas ilegais” adotadas contra o Emirado árabe por causa do seu alegado apoio e financiamento a grupos radicais, rebeldes e organizações terroristas na Síria, Líbia e no Iémen. “Quero agradecer às instituições russas que nos ofereceram a sua ajuda para mitigar as medidas ilegais que foram adotadas contra nós”, disse o governante, aludindo à assistência de Moscovo para ultrapassar o embargo e o bloqueio por ar, terra e mar na península.

Na segunda-feira, a Arábia Saudita, Bahrein, Egito e Emirados Árabes Unidos anunciaram o rompimento de relações diplomáticas e o corte de ligações com o Qatar, acusando o país de ingerência e de apoiar o terrorismo. A Arábia Saudita afirmou querer “proteger a sua segurança nacional dos perigos do terrorismo e do extremismo”, enquanto o Bahrein sustentou a sua decisão acusando Doha de “minar a segurança e estabilidade” do país e de “interferir nos seus assuntos” internos.

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