O primeiro-ministro manifestou esta quarta-feira o apoio ao pedido do Chile para que seja país observador da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), adiantando, também, que Portugal reforçará o seu papel de observador na Aliança do Pacífico.

Palavras de António Costa na declaração conjunta com a Presidente da República do Chile, Michelle Bachelet, que antes tinha insistido com o líder do executivo nacional nessa aproximação à CPLP.

“Temos um interesse claro em sermos membros observadores da CPLP, tendo em vista uma maior aproximação, não apenas a Portugal, mas também aos outros países que fazem parte dessa comunidade. O Chile é um país que apoia fortemente o multilateralismo”, disse.

Costa respondeu logo depois, dizendo que, nessa lógica de multilateralismo, “Portugal apoia não só o interesse do Chile em ser observador da CPLP, como, por sua vez, quer reforçar a sua participação enquanto observadores na Aliança do Pacífico”.

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Em relação a outro pedido de Michelle Bachelet, esse no sentido de que seja modernizado o acordo de associação entre o Chile e a União Europeia, o primeiro-ministro também se manifestou disponível para apoiar.

“Será um marco muito importante que o comércio livre se afirme perante as tentações protecionistas, que ameaçam as relações económicas entre os países. Este é também o momento de afirmar o compromisso de todo o mundo de enfrentar a maior ameaça ao mundo, que são as alterações climáticas”, completou António Costa.

Esta declaração conjunta seguiu-se a uma reunião a sós entre António Costa e Michelle Bachelet no Palácio La Moneda de Santiago, num dia que começou com o primeiro-ministro a depor uma coroa de flores junto do monumento Bernardo O’Higgins, herói da independência do Chile.

Perante os jornalistas, foi apenas assinado um acordo (pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, com o seu homólogo chileno) e que é idêntico ao que foi assinado na terça-feira em Buenos Aires entre os governos de Portugal e da Argentina.

Por esse acordo, durante um ano, os jovens entre os 18 e os 30 anos podem estabelecer-se no Chile ou em Portugal, em trabalho ou em férias, sem necessidade de visto.

Michelle Bachelet considerou que se trata de uma medida muito importante para promover o intercâmbio de experiências entre jovens.