O PSD acusou esta quarta-feira o Governo de fazer um “corte brutal” no investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os partidos de esquerda de serem cúmplices da “agonia para que caminha o sistema público de saúde”.

“O facto é que o Governo fez um corte brutal no investimento público no SNS”, afirmou o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, no encerramento a uma interpelação ao Governo sobre políticas de saúde. Para o PSD, a esquerda “que outrora se fingia preocupada com o SNS”, é agora “cúmplice da agonia para que caminha” o sistema público de saúde.

Para os sociais-democratas, tem havido uma contradição entre “o discurso político do Governo e dos seus acólitos e a realidade dos factos”.

“Continuaremos fiéis aos princípios do Estado social, cientes de que os portugueses merecem um Governo sério, patriótico e não a troika alegre de Costa, Catarina e Jerónimo. Portugal precisa de um Governo sério e patriótico, mas não de esquerda”, disse Luís Montenegro no final da sua intervenção.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O ministro da Saúde respondeu ao PSD indicando que “um Governo sério e responsável é mais provavelmente um Governo de esquerda do que de direita”.

Adalberto Campos Fernandes lamentou ainda que o PSD tenha agendado uma interpelação ao Governo sobre política de saúde tendo-se centrado a “discutir lateralidades”.

Para o PSD, a atual política de saúde pode descrever-se em três D: “descontrolo, desinvestimento e desespero”.

Descontrolo na execução orçamental e nos pagamentos em atraso e desespero no corte de 35% com a aquisição de profissionais de saúde contratados a empresas. Campos Fernandes devolveu à oposição os três D atribuídos pelo PSD, considerando que houve descontrolo na forma como foi organizado a interpelação de hoje ao Governo e desespero pela “estabilidade política” que existe.