A Capitania do Porto do Douro foi neste sábado contactada por alguns banhistas que julgavam ter encontrado os corpos dos jovens desaparecidos no domingo no mar em Espinho, mas informou que esses alertas não se confirmaram. “Como está mais gente na praia, recebemos algumas chamadas de pessoas que identificaram algo que pensavam poder ser o corpo das vítimas, mas, depois de verificado o local, constatou-se que se trataram de falsos alertas”, revelou à Lusa o comandante Rodrigues Campos.

O aumento no número de contactos para as autoridades marítimas é, para esse responsável, “um efeito natural” do arranque da época balnear e deve ser encarado como positivo, “porque significa que há mais gente na praia atenta ao terreno e disposta a ajudar”.

Os dois jovens que no domingo à tarde desapareceram no mar na praia da Costa Verde tinham 18 e 19 anos e eram residentes em Canedo, no concelho de Santa Maria da Feira. Foram vistos pela última vez a debater-se no mar quando tentavam resgatar a bola com que pouco antes jogavam no areal.

As operações de busca pelos corpos chegaram a envolver diariamente cerca de 50 operacionais de diversas entidades, como as Capitanias do Douro e de Aveiro, Marinha, Força Aérea, Estação de Salva Vidas do Douro, Polícia Marítima, Instituto de Socorros a Náufragos e várias corporações de bombeiros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O gabinete de Psicologia da Polícia Marítima também prestou apoio a 15 familiares e amigos das vítimas, em parceria com os psicólogos das câmaras municipais de Espinho e Santa Maria da Feira.

Desde a passada quinta-feira, contudo, esse dispositivo vem sendo gradualmente reduzido, pelo que nesta fase envolve apenas os habituais meios terrestres que a Polícia Marítima afeta à época balnear, com o navio-patrulha da Marinha a percorrer a costa “em regime de oportunidade”.

As corporações dos bombeiros de Espinho, Aguda e Esmoriz mantêm-se, no entanto, ativas no terreno, sendo que os diversos nadadores-salvadores destacados para a vigilância das praias entre Leixões e Aveiro também receberam instruções da Capitania do Douro para se manterem “mais atentos” a indícios que ajudem a recuperar os corpos das vítimas.