É habitualmente reconhecido como o rei do pedaço nas coisas do hip hop. Assim deverá continuar, porque a hierarquia é de respeitar. Jay Z regressa aos álbuns no dia 30 com 4:44. O que é que se sabe sobre este novo lançamento (o 13.º na carreira do rapper)? Quase nada a não ser estes versos:

“Letter to my dad that I never wrote / Speeches I prepared that I never spoke / Words on a paper that I never read / Proses never penned / They stayed in my head”

E sabe-se isto porque há um excerto de um vídeo a circular pela internet que revela uns segundos de imagens protagonizadas por Mahershala Ali (vencedor do Óscar para melhor ator secundário em “Moonlight”) na pele de um pugilista, com estes versos ditos pelo próprio Jay Z como banda sonora. É um teaser para o tema “Adnis”:

Este clip faz parte de um filme maior, que inclui também Lupita Nyong’o e Danny Glover e que pode vir a revelar-se uma espécie de Lemonade mas para ele — já que o original é o de Beyoncé, ficou na história e ninguém o tira de lá. Um álbum-filme que conta uma história (ou mais) com canções e com imagens.

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Mais do que isto é difícil saber. Há o óbvio a acrescentar, naturalmente: já que Jay Z foi o homem que comprou o Tidal em 2015, o tal serviço que gostava de concorrer com o Spotify e com o Apple Music mas que não está a conseguir sequer aproximar-se, 4:44 vai ser um exclusivo dessa plataforma. Não se sabe durante quanto tempo nem sequer ainda está confirmado se haverá edição física do álbum. Ou seja, se vai dar em disco ou não.

Porque o artista até percebe do negócio, alargou o número de possíveis ouvintes das novas canções ao fazer um acordo com a Sprint, operador de telecomunicações nos EUA. Isto quer dizer que os assinantes da Sprint têm acesso gratuito ao Tidal durante seis meses. Fica mais gente feliz e é isso que Jay Z quer. Nada contra. E, já agora, se é de felicidade que se fala, seguem os parabéns do avô Knowles: