Um veículo eléctrico, cujos motores são alimentados pela energia armazenada em baterias, sempre foi uma solução mais amiga do ambiente e com custos de utilização inferiores aos dos motores a gasolina ou a gasóleo. Porém, dentro de 10 dias, os automóveis movidos a eléctricidade vão passar a ser bem menos atraentes, sob o ponto de vista financeiro.

Segundo o presidente da Mobi.E, Alexandre Videira, os utilizadores de veículos eléctricos vão passar a pagar as recargas das baterias realizadas em postos públicos, a partir de 1 de Julho. Não todas, pelo menos para já, mas apenas as cargas realizadas em postos rápidos (com uma potência de 55 kW), precisamente os que estão montados nas áreas de serviço das auto-estradas, bem como nos poucos postos de carregamento rápido já instalados em algumas zonas urbanas, parte das 14 unidades anunciadas no início de 2017.

A obrigatoriedade de pagamento vai tornar a utilização dos automóveis eléctricos menos competitiva, o que pode ter algum impacto nos condutores particulares, mas que certamente terá consequências nas margens de lucro dos profissionais que utilizam este tipo de veículos ao serviço de empresas como a Uber e que, tradicionalmente, são clientes deste tipo de postos de carga.

Tudo pago em 2018

Se as más notícias para quem recarrega a bateria em postos públicos de 55 kW vão começar já em Julho, a energia fornecida pelos restantes carregadores públicos (com uma potência de apenas 3,68 kW) passará igualmente a ser paga a partir do próximo ano. “Não de início”, como nos informou Alexandre Videira, mas definitivamente na primeira metade de 2018.

Resta esperar que, com o início do pagamento, seja por fim reparada a tremenda quantidade de postos de carga avariados, ou fora de serviço, para que seja mais previsível, para os condutores que recorrem à locomoção eléctrica, saber onde podem (mesmo) abastecer de energia.

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