Um mesquita na cidade de Mosul, no Iraque, foi destruída esta quarta-feira depois de ter sido alvo de explosões. A informação divulgada originalmente atribuía a responsabilidade ao Estado Islâmico mas novas informações responsabilizam os Estados Unidos.

De acordo com um comunicado inicial emitido pelo exército do Iraque, o Estado Islâmico foi o responsável pela explosão da mesquita e do minarete al-Hadba, a torre ao lado da mesquita de onde são anunciadas as chamadas diárias à oração.

Os gangues terroristas do Daesh [Estado Islâmico] cometeram outro crime histórico, explodindo a mesquita al-Nuri e seu minarete histórico al-Hadba”, pode ler-se no comunicado citado pela agência Reuters.

Mais tarde, o próprio autoproclamado Estado Islâmico usou a sua agência noticiosa, Amaq, para reportar que a mesquita foi destruída por um ataque aérea de origem norte-americana, conta o jornal The New York Times.

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O comunicado revela ainda que as explosões aconteceram numa altura em que as unidades do comando de contra-terrorismo iraquiano estão a tentar lutar para chegar à Cidade Velha de Mosul. Tinham já conseguido chegar a menos de 50 metros de distância da mesquita.

A Grand al-Nuri era uma mesquita medieval que data do século XII. Era um dos monumentos para famosos do Iraque. Foi nesta mesquita que, em 2014, o líder do Estado Islâmico de então, Abu Bakr al-Baghdadi, se proclamou “califa”, ou seja, governante de todos os muçulmanos. A mesquita era também palco dos vários sermões que Baghdadi declamava.

Quem é Abu Bakr al-Baghdadi, o líder do Estado Islâmico na Síria?