Os utilizadores do Skype têm relatado várias falhas de ligação na plataforma. A empresa diz que o serviço está restabelecido, mas os erros persistem, principalmente na Europa.
Os problemas começaram na segunda-feira, têm-se estendido até esta quarta-feira e afetam diferentes partes do mundo. O ataque, diz o El Mundo, veio de um grupo de hackers português conhecido como Cyber Team. O próprio grupo confirmou-o no Twitter.
https://twitter.com/_CyberTeam_/status/876912510883872769
O ataque afeta de maneira diferente quem usa a plataforma. Assim, se há quem consiga iniciar a aplicação com aparente normalidade, outros não são capazes de enviar mensagens de texto ou de fazer chamadas via áudio/vídeo.
A empresa da Microsoft já reconheceu os problemas, embora não admita que se trate de um ataque cibernético. A equipa de suporte do Skype tem também atualizado o estado do serviço no Twitter.
Once again, we have mitigated the connectivity issue. Thank you all for your patience, and enjoy Skype :)
— Skype Support (@SkypeSupport) June 20, 2017
Os problemas têm, no entanto, persistido. Há utilizadores que continuam a relatar o mau funcionamento do serviço, especialmente pela Europa. O Down Detector, um serviço web especializado em reportar problemas informáticos, revela que as incidências das queixas persistem.
Por outro lado, a Panda Security – a empresa espanhola especialista em segurança informática – informou que pode tratar-se de um ataque do tipo DDos e realça que os dados pessoais dos utilizadores na aplicação não ficam comprometidos. Empresas como a Netflix, o Twitter, a Amazon ou o New York Times já sofreram ataques semelhantes.
O que são ataques DDos?
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O ataque de negação de serviço (DDoS – Distributed Denial of Service, em inglês) é um tipo de ataque cibernético que consiste no envio massivo de pedidos de acesso a um determinado servidor web. Essa sobrecarga conduz à incapacidade de resposta do servidor, inviabilizando o acesso dos utilizadores, por exemplo, a um determinado website.
O Cyber Team já atacou a página web do exército e da polícia militar do Brasil, as polícias locais na Índia e até as agências governamentais do México. Nesses ataques deixavam mensagens onde proclamavam o caráter independente das suas ações.
https://twitter.com/_CyberTeam_/status/873709728727261184
Não invadimos porque seja necessário, invadimos por diversão”, pode ler-se.