A empresa norte-americana Divergent apresentou aquele que defende ser o primeiro superdesportivo do mundo fabricado com recurso à tecnologia de fabrico 3D – em que as peças são impressas em equipamentos tridimensionais, que qualquer um pode ter em casa. Feito que, não deixando de ser digno de realce, não se fica, no entanto, por aqui: necessitado de um motor à altura, o Divergent Blade (assim se chama o modelo) foi equipado com um motor a gasolina “importado” de um Mitsubishi Evo, a debitar 700 cv. E que, tal como o próprio carro, foi agora testado pela primeira vez, por alguém externo à companhia – o apresentador Jay Leno.

Fabricado numa mistura de materiais, da qual fazem parte o alumínio, titânio e a «fibra de carbono, o Blade foi um dos mais recentes protagonistas do programa sobre automóveis que o famoso apresentador, ele próprio um dos maiores coleccionadores de carros a nível mundial, possui no YouTube. E a que deu, muito apropriadamente, o nome de “Jay Leno’s Garage”.

Quanto ao Divergent Blade, que foi dado a conhecer, pela primeira vez, há dois anos, durante o Concurso de Elegância de Pebble Beach, na Califórnia, está hoje já homologado para utilização nas estradas da Califórnia, EUA. Razão pela qual os seus criadores terão aceite, finalmente, que um estranho – neste caso, bastante conhecido – conduzisse o modelo.

No vídeo, Jay Leno tem a oportunidade de, em conjunto com o CEO da Divergent, Kevin Czinger, desvendar algumas das principais particularidades desta singular proposta. A começar, precisamente, pelo motor a gasolina que equipa o Blade e que, debitando 700 cv, lhe permite, por exemplo, anunciar uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 2,5 segundos, com a velocidade máxima a surgir aos 321 km/h.

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No entanto, segundo o seu criador, o bloco também pode funcionar a gás natural, sendo que a plataforma pode acoplar não apenas motores de combustão, como de outro tipo qualquer. Já o sistema de travagem, é fornecido pela Brembo.

Por outro lado, graças à construção daquilo que a Divergent descreve como módulos de alumínio, o desportivo não pesa mais que 629 kg. Sendo, de acordo com Czinger, cerca de 90% mais leve que a maioria dos superdesportivos tradicionais.

Nesta apresentação, Kevin Czinger deu ainda a conhecer uma derivação da Kawasaki H2, com um peso 20% mais baixo que a moto de produção actualmente em comercialização. Também neste caso, graças ao tipo de fabrico 3D desenvolvido pela Divergent e ao facto de, na moto de Czinger, apenas cinco elementos constituírem o quadro do motociclo; já na moto de produção desenvolvida pela Kawasaki são quase 100!

Sem dúvida, dois veículos que fazem antever um futuro diferente, em termos de mobilidade. Isto, claro está, venham a ser ultrapassadas questões como as vibrações que se fazem sentir no carro e que se percebem nas filmagens, assim como a elevada sonoridade do motor no habitáculo. Sem esquecer princípios fundamentais como a validade, viabilidade e segurança…