Chama-se Cloud, é uma criação chinesa e tem no seu interior todo um centro de comunicações instalado – o projeto promete ser o futuro dos dirigíveis. “Uma plataforma acima das nuvens“. É assim que a Kuang-Chi, a empresa responsável pela criação deste dirigível futurista – o apresenta no seu site.

A ideia da empresa partiu de três desafios que, explica a Kuang-Chi, a sociedade enfrenta atualmente: primeiro, a dificuldade em aceder à internet; depois, a maneira limitada de como se pode observar o nosso planeta; e, por fim, a dificuldade em prever grandes catástrofes.

O Cloud é como um balão de ar quente, totalmente ligado a uma rede, que fornece uma série de serviços integrados. Esses serviços incluem sistemas de comunicações, sensores de deteção ótica e um arquivo de recolha e análise de dados.

Quanto ao seu revestimento, o Cloud tem metamateriais e uma tecnologia de ponta que o permitem enfrentar condições atmosféricas extremas, ter baixo peso e ainda garantir um voo autónomo. durante um longo período. O design do aparelho até inclui asas controladas eletronicamente para assegurar estabilidade em condições atmosféricas desfavoráveis.

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Vídeo de apresentação do dirigível da Kuang-Chi

O dirigível está ainda fixo a um veículo (uma espécie de mastro, que pode ser fixo ou móvel), através de cabos fotoelétricos que asseguram a estabilidade e segurança enquanto opera no terreno.

Das múltiplas vantagens do dirigível, destaca-se a ampla cobertura com que o aparelho opera: o raio de operações pode ir desde um a quatro quilómetros acima do solo. Além disso, tem uma capacidade de carga que pode ir até 600 quilos. Para concluir: é de baixo custo – os custos de manutenção são mais baratos do que muitos satélites atuais e outros veículos aéreos não tripulados.

Com que fins?

Com a sua tecnologia, o Cloud vai conseguir identificar automaticamente embarcações e aeronaves e ainda permitir uma radiodifusão de serviços de internet. O dirigível, de forma autónoma, vai também monitorizar a paisagem, o que contribui para uma recolha e análise de dados do ambiente por onde passa – que pode ir desde a monitorização de terras agrícolas, águas e oceanos ou até da geologia do planeta. Além disso, terá um sistema de comunicação e comando capaz de emitir alertas de emergência para situações de perigo.