Os quatro bombeiros da Castanheira de Pera que estão internados apresentam uma evolução favorável, mas lenta, disse à agência Lusa o comandante da corporação, José Domingues.

Os dois bombeiros voluntários da Castanheira de Pera internados no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, “estão a evoluir, com lentidão, mas sempre de forma favorável”, notou José Domingues.

Também o quadro clínico do bombeiro internado no Porto apresenta melhorias, continuando “a fazer diálise”, sendo expectável que durante a próxima semana seja “operado às mãos”, que sofreram queimaduras, explicou o comandante dos Bombeiros Voluntários da Castanheira de Pera.

A voluntária que está no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) “é a que está a recuperar com mais facilidade”, afirmou.

No entanto, José Domingues sublinhou que os quatro são casos sensíveis e que, de um momento para o outro, pode haver alguma alteração clínica.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

A área destruída por estes incêndios na região Centro corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.

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