O Ministério Público espanhol solicitou um aumento da pena de prisão para Iñaki Urdangarin, cunhado do Rei de Espanha Felipe VI, que foi condenado em 2016 a seis anos de prisão por fraude fiscal e peculato.

Uma fonte judicial citada pela agência France Presse indicou que a acusação do Supremo Tribunal espanhol pediu uma revisão da sentença para 14 anos e seis meses, e não os seis anos e três meses de pena dados pela instância abaixo.

O marido da infanta Cristina de Bourbon – irmã mais nova de Felipe VI – foi condenado em fevereiro pelo tribunal de Palma de Maiorca (nas Ilhas Baleares) a seis anos e três meses – bem como uma multa de 512 mil euros – por mau uso de fundos públicos (peculato), fraude fiscal e tráfico de influências.

O caso ficou conhecido como Caso Noos, o nome da fundação sem fins lucrativos através da qual o cunhado do Rei (juntamente com um cúmplice) desviou fundos, entre 2004 e 2006.

Urdangarin está e vai ficar em liberdade até que seja lida sentença pelo Supremo.

O Supremo poderá confirmar, anular, reduzir ou aumentar as penas de Urdangarin e das cinco outras pessoas condenadas e a sua sentença será final e definitiva.

O “Caso Noos”, que surgiu em 2011, afetou seriamente a imagem da família real espanhola, acelerando a abdicação, em 2014, do rei Juan Carlos, e a coroação do seu filho mais velho, Felipe VI.

A infanta Cristina foi também julgada por cumplicidade num crime de fraude fiscal, mas não recebeu qualquer pena de prisão, apenas uma multa de 265 mil euros. No entanto, a Casa Real espanhola acabou por afastá-la da maioria das cerimónias oficiais nas quais os membros da realeza estão presentes.

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