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Equipa da série "Ministério do Tempo" com salários em atraso

Este artigo tem mais de 5 anos

A equipa da série "Ministério do Tempo", produzida pela Just Up para a RTP, não é paga desde maio. O caso foi denunciado pelo CENA, que garante que há pelo menos 60 trabalhadores nesta situação.

A primeira temporada da série estreou na RTP em janeiro de 2017
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A primeira temporada da série estreou na RTP em janeiro de 2017

A primeira temporada da série estreou na RTP em janeiro de 2017

As gravações da segunda temporada da série Ministério do Tempo, produzida pela Just Up para a RTP, foram interrompidas em protesto contra os salários em atraso, denunciou esta terça-feira o CENA — Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos. De acordo com o organismo sindical, são cerca de 60 os trabalhadores que “neste momento têm os vencimentos em atraso”, entre os quais se incluem atores do elenco fixo, adicional e também elementos da equipa técnica.

“O CENA-STE conseguiu também apurar que os valores em dívida respeitantes ao mês de Maio chegam às centenas de milhares de euros. Alguns trabalhadores da primeira temporada não têm também a sua situação regularizada”, refere ainda o sindicado, que tentou entrar em contacto com a Just Up, mas “a produtora não respondeu aos nossos contactos”.

A situação foi também denunciada por António Capelo, que partilhou na sua página do Facebook um comunicado assinado por todos os atores que integram o elenco fixo do Ministério do Tempo. Neste, Capelo explica que esta já não é a primeira vez que o pagamento dos salários se atrasa e que os atores se veem obrigados a parar. “A situação não está sequer em vias de resolução”, pode ler-se na mensagem partilhada na rede social.

Não querendo “tecer comentários sobre o carácter de cada um dos sócios da JustUp e de eventuais desentendimentos internos na produtora”, o grupo de atores refere que gostaria “de deixar um forte alerta a todos os companheiros de profissão sobre o risco que corremos ao aceitar convites para trabalhar com algumas produtoras que, infelizmente não merecem a dedicação dos profissionais que tudo fazem a bem do seu trabalho e, deixar um apelo à direção da RTP para que não nos deixe à mercê daqueles que, a coberto de uma maior oferta no mercado audiovisual, se apresentam a concurso sem as condições mínimas para exercerem dignamente esta atividade”.

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A série, uma adaptação da série espanhola El Ministerio del Tiempo, exibida pela TVE, estreou na RTP a 2 de janeiro deste ano. Começou por ser produzida pela Inizomédia mas, a meio da primeira temporada, a co-produção foi assumida pela Just Up, que ficou responsável pela segunda temporada depois de um acordo com Veralia, responsável pela produção espanhola. Segundo o CENA, faltam ainda gravar seis episódios dos 13 que compõem a segunda temporada, ainda sem estreia marcada.

“No audiovisual, infelizmente, estas situações vão-se repetindo com alguma regularidade. O CENA-STE não deixará de intervir nestes casos que dizem respeito ao direito básico e fundamental de ser remunerado pelo trabalho realizado”, refere o sindicado que, apesar de deixar claro que a responsabilidade é exclusivamente da Just Up, apela à RTP para que “tome uma posição sobre este assunto”. “Continuamos disponíveis para dialogar com a Just Up, e esperamos que em breve seja encontrada uma solução que permita a conclusão da produção”, salienta ainda o CENA.

RTP deixa “uma palavra de solidariedade” à equipa do Ministério do Tempo

Num nota de esclarecimento emitida esta terça-feira, a RTP admitiu que a Just Up tinha referido “dificuldades da sua parte na produção” sem, porém, comunicar ao canal de televisão “definitivamente a incapacidade de continuar a série”. Afirmando que “o acordo para a produção do Ministério do Tempo é idêntico ao das outras séries: apresentação da sinopse e do guião do primeiro episódio, indicação de orçamento e sugestões de elenco”, a RTP explicou que “após aprovação, as produtoras estabelecem contratos com as equipas que entendem” e que, “Mediante a entrega dos episódios, a RTP paga o valor acordado”.

Apesar de o canal de televisão ser alheio “aos problemas de incumprimento por parte da produtora”, disse querer “deixar uma palavra de solidariedade às equipas de profissionais da série Ministério do Tempo, desejando uma rápida resolução do impasse”. “Independentemente do que venha a acontecer, a RTP vai manter a sua estratégia de lançar novas séries a partir das propostas apresentadas pelas produtoras”, refere ainda a nota. “Isso significa novas oportunidades de trabalho para todas as categorias profissionais envolvidas na produção – equipas de escrita, atores, realizadores, equipas técnicas, entre outras, minimizando dificuldades que possam advir para estes profissionais.”

“Esta oportunidade para a indústria de ficção portuguesa não é isenta de risco mas a paragem do Ministério do Tempo, a confirmar-se, será o primeiro caso em mais de uma dezena de projetos de ficção já exibidos pela RTP e outros tantos já lançados.”

Finalmente, o canal de televisão frisou ainda que “opera num mercado aberto e nenhuma empresa contratada tinha, até hoje, quaisquer inibições contratuais ou antecedentes de incumprimento para com a RTP”. “A partir do momento em que surgem problemas, não haverá novos projetos contratados a estas produtoras, até toda a situação ser esclarecida.”

Artigo atualizado às 19h com a nota de esclarecimento da RTP

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