O presidente da Comissão Europeia chamou esta terça-feira de “ridículo” o Parlamento Europeu, num debate em que participaram cerca de 30 dos 751 eurodeputados, palavras que lhe valeram uma repreensão do líder do hemiciclo, ameaçando nunca mais participar num debate assim.

O Parlamento Europeu é ridículo, muito ridículo. Saúdo os que se deram ao trabalho de estar na sala. Mas o facto de haver só uma trintena de deputados presentes neste debate é suficientemente demonstrativo que este parlamento não é sério”, disse Jean-Claude Juncker, intervindo no primeiro debate do dia em Estrasburgo, às 9h00 (08h00 em Lisboa), e perante uma sala praticamente vazia.

O líder do executivo comunitário salientou ainda que se em vez do primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, estivesse na sala a chanceler alemã, Angela Merkel, ou o presidente francês, Emmnuel Macron, haveria “uma casa cheia”. “O Parlamento é completamente ridículo”, repetiu Juncker, na introdução inicial no debate sobre a presidência semestral maltesa, que terminou no dia 30 de junho.

As críticas do presidente da Comissão valeram-lhe uma admoestação por parte do seu homólogo do PE, Antonio Tajani, que o interrompeu para lhe pedir um tratamento “mais respeitoso”.

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Pode criticar, mas não é a Comissão que controla o Parlamento, é o Parlamento que controla a Comissão“, salientou Tajani, exigindo uma linguagem mais comedida.

Nunca mais estarei presente numa sessão como esta”, ameaçou Juncker, depois de voltar a chamar de ridícula a falta de assiduidade dos eurodeputados.

“O Parlamento tem que respeitar mesmo as presidências dos países mais pequenos, o que não está a fazer”, rematou o presidente da Comissão Europeia.