Na capital de Cuba, Havana, vão voltar a ser permitidos os famosos motéis em que os quartos são alugadas à hora pelos casais. Os motéis deixaram de existir durante a crise económica de Cuba nos anos 90 quando se tornaram abrigos para furacões. Os proprietários privados preencheram a falha no mercado, mas a preços exorbitantes que os cubanos não podiam suportar.

As autoridades dizem que os novos motéis vão ser mais baratos e vão ajudar a acabar com o hábito agora comum e ter relações sexuais em espaços abertos e públicos. As atuais casas privadas existentes oferecem serviço de ar condicionado, um frigorífico e uma cama de casal. Normalmente, os preços rondam os 5 dólares (4,41 euros), cerca de um sexto do salário mensal médio em Cuba e a maioria das pessoas não consegue pagar este tipo de serviços.

Os funcionários estatais da Companhia Provincial de Habitação de Havana dizem, citados pela BBC, que a nova rede de cinco móteis será muito lucrativa. Vão oferecer às pessoas oportunidades mais baratas para que elas possam praticar relações sexuais em sítios seguros e privados. As relações sexuais em parques, praias e à beira-mar no famoso Malecon são práticas comuns em Havana.

Um comentador no jornal Trabajadores recordou que os primeiros motéis abriram no início do século XIX e a maioria dos cubanos lembra-se dos “beijos memoráveis e do porteiro a dizer que o tempo do casal já tinha acabado”.

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