Conhecida da maioria pelas suas placas gráficas, a Nvidia, além de produzir outros componentes informáticos (nomeadamente chips), está agora no centro das atenções pelos acordos que acaba de estabelecer no domínio dos automóveis autónomos. E logo com dois construtores de dimensão mundial, a que se junta um dos maiores mais reputados fabricantes de sistemas de segurança para o sector automóvel.

Por um lado, a multinacional de tecnologia, sedeada na Califórnia, irá cooperar com a Volkswagen na área do software de auto-aprendizagem, o qual poderá vir a ser utilizado tanto na gestão dos fluxos de tráfego, como na função de tornar mais fácil o convívio entre humanos e máquinas no domínio da condução autónoma – será como que o cérebro dos sistemas de condução autónoma.

A inteligência artificial é a chave para o futuro digital do Grupo Volkswagen. Queremos desenvolver e lançar nós mesmos sistemas de inteligência artificial de alta performance. É por isso que estamos a ampliar o conhecimento especializado que isso exige. A cooperação com a Nvidia representará um passo decisivo nessa direcção”, sublinha o chief information officer do maior construtor europeu, Martin Hofmann.

Por outro lado, dúvidas ainda houvesse acerca das competências da Nvidia nesta matéria, bastaria atentar numa outra parceria por si estabelecida com a Volvo e a Autoliv, para o desenvolvimento de sistemas avançados de condução autónoma. As três empresas irão trabalhar em conjunto com a Zenuity, a recém-formada joint-venture de software para automóvel detida em partes iguais pelas duas empresas suecas, que deverá desempenhar um papel decisivo para que a Volvo possa cumprir o seu objectivo de já ter à venda, em 2021, automóveis com sistemas de condução autónoma de nível 4.

A agora anunciada associação prevê que Volvo, Autoliv e Zenuity recorram à plataforma de computação da Nvidia como base para os seus próprios desenvolvimentos de software destinados aos sistemas de condução autónoma da próxima geração. E nos quais a inteligência artificial, na vertente da auto-aprendizagem, será decisiva para o reconhecimento de objectos no meio envolvente. Logo, para antecipar potenciais riscos e para uma navegação segura.

Em causa estão sistemas que se pretende que sejam capazes de comparar o conhecimento adquirido em tempo real (uma espécie de “consciência”) com um mapa de alta definição já conhecido, o que lhes permitirá estabelecer uma rota segura até ao destino definido, e conduzir ao longo da mesma de forma precisa, ajustando-se a novas circunstâncias que se lhes deparem. Neste particular, está previsto que a Zenuity forneça à Volvo o software de condução autónoma para os seus modelos, ao mesmo tempo que a Autoliv também venderá esse mesmo software a terceiros, através da sua rede de vendas, marketing e distribuição.

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