O atirador que na última semana disparou contra o Ministério do Interior e contra a sede do Supremo Tribunal venezuelano enquanto Nicólas Maduro falava aos jornalistas, reapareceu. Óscar Pérez surge num novo vídeo onde apela a uma ação por parte dos venezuelanos contra o governo do presidente venezuelano.

No vídeo, Pérez revela que está de volta a Caracas, depois de ter estado fora durante uns dias. Diz o atirador que está “pronto e disposto” a continuar a sua “luta cerrada pela liberdade” do povo da Venezuela.

Pérez assegura que as ações levadas a cabo a 27 de junho foram bem sucedidas e “na perfeição na primeira fase” e esclarece que só se danificaram estruturas como o Ministério da Justiça ou o Supremo Tribunal e que não houve mais danos colaterais a lamentar. Isto porque, na opinião do atirador, “não somos uns assassinos como são vocês”, referindo-se a Maduro e ao vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello.

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Pérez avança ainda que o plano terá uma segunda fase, graças à “convicção, planificação e a um esforço conjunto”, mas não revelou mais detalhes.

“Patriota e nacionalista”. Quem é Óscar Pérez, o autor do ataque de helicóptero na Venezuela?

O atirador incita o povo venezuelano a sair às ruas em luta contra o governo de Maduro e denuncia os que dão a sua opinião “sentados mas que não fazem nada. “Deixem de falar e saiam às ruas para representar a Venezuela”, pediu.

Óscar Pérez assegura que tanto ele como o grupo com quem está a levar a cabo estas ações estão “seguros” do que estão a fazer e que se tiverem de dar as vidas, as “entregarão pelo povo”. No vídeo tem ainda oportunidade de saudar os jovens que continuam aquilo a que chama de uma “luta nacional”.

Tomemos consciência. O momento é agora, não amanhã. O momento de despertar é agora, para que assim tenhamos um novo amanhecer. Permaneçamos firmes nas ruas. Permaneçamos com fúria, com energia, porque estamos a defender o nosso futuro, estamos a defender o nosso direito e os nossos deveres, a nossa bandeira, a nossa nação.”

O militar termina esclarecendo que não se trata de nenhum tipo de “vingança” , mas sim de “justiça” e “consciência”. O presidente venezuelano Nicolas Maduro classificou o ato do atirador como um ataque terrorista.

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