O advérbio é do El País: “Só dois jovens foram corneados, um no abdómen e outro no tórax, e nenhum, pelo que parece, com gravidade”. Eis o resumo do primeiro “encierro” — a corrida de centenas de homens à frente de meia dúzia de touros bravos pelas ruas da zona histórica de Pamplona — das Festas de San Fermín.

Ao longo dos 848 metros do percurso, que acaba na praça de touros local, houve muitas “quedas e atropelos”, escreve o jornal, mas nada de ferimentos graves. Os animais em causa, de uma ganadaria da Andaluzia, bateram recordes e conseguiram fazer o trajeto em 2 minutos e 58 seguntos — aparentemente menos um minuto em média do que é habitual.

Até ao próximo dia 14, todos os dias, às 8h00, haverá mais “encierros”, com milhares de pessoas a correrem à frente de outros touros. Entre 1924 e 2009 morreram 15 pessoas colhidas por animais nas Festas de San Fermín. Desde dia 10 de julho de 2009 que não se registam acidentes fatais. O espanhol Daniel Jimeno Romero, de 27 anos, foi a última vítima.

As festas existem desde a Idade Média e a matança de touros ao fim de cada dia também, mas correr à frente dos animais, no caminho para a praça, até era proibido e só começou a fazer parte da norma no final do século XIX. Hoje é uma tradição que todos os anos, ao longo de uma semana (de 6 a 14 de julho), reúne várias dezenas de milhares de pessoas, vestidas de branco e adornadas com lenços vermelhos, nas ruas da cidade do norte de Espanha.

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