O Presidente da República considerou, esta sexta-feira, que teve uma tomada de posição pública sem precedente face ao furto de material de guerra em Tancos, admitindo que se faça a interpretação de que foi “até ao limite” dos seus poderes.

Em declarações aos jornalistas, no final de uma conferência no Palácio da Cidadela de Cascais, Marcelo Rebelo de Sousa não quis fazer comentários sobre o desenvolvimento deste caso, mas não excluiu, no entanto, voltar falar ou a intervir: “Naturalmente, quando entender que devo intervir ou falar novamente, fá-lo-ei”.

Questionado sobre as declarações do Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, na audição parlamentar à porta fechada de quarta-feira, respondeu: “Eu, como Presidente da República e como Comandante Supremo das Forças Armadas, disse há uma semana já exatamente o que pensava”.

E fiz, a seguir, ao longo da semana, o que entendi que devia fazer. Porventura, sendo interpretado como indo até ao limite dos meus poderes, uma vez que não há precedente de tomadas públicas de posição do Presidente da República e do Comandante Supremo das Forças Armadas sobre este tipo de matérias, no momento em que ocorrem e na fase que ainda decorre”, prosseguiu.

“Mas entendi que devia fazê-lo. Está feito. E, naturalmente, quando entender que devo intervir ou falar novamente, fá-lo-ei”, acrescentou.

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