Alegando estar em Pedrógão Grande para homenagear as 64 vítimas mortais do trágico incêndio de 17 de junho, Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar as demissões anunciadas este sábado por dois tenentes-generais, por “divergências inultrapassáveis” com o Chefe de Estado-Maior do Exército CEME), expressas na sequência do caso do armamento militar furtado de Tancos.

“O importante é apurar tudo, de alto a baixo. Apurar todas as circunstâncias em matéria de factos e de responsabilidades. É isso a que os portugueses têm direito e é isso que importa fazer rapidamente”, limitou-se a dizer o Presidente da República.

Miranda Calha diz que há “sinais de grandes pertubações” no Exército

Durante a tarde, à Sic Notícias, Miranda Calha, deputado que foi secretário de Estado da Defesa de António Guterres, já tinha defendido a necessidade de o Presidente da República, bem como o primeiro-ministro, se manifestarem e agirem sobre o caso, garantindo que as saídas de José Calçada (já efetivada e aceite pelo CEME) e de Faria Menezes (a oficializar já na próxima segunda-feira) são “sinais de grandes perturbações” no Exército.

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“É óbvio que há aqui algum mal estar que, obviamente, deve — tem! — de levar a decisões rápidas sobre este assunto. O Governo e o comandante supremo das Forças Armadas devem ‘interlocutar’ entre si no sentido de tomar decisões sobre esta matéria”, afirmou o deputado socialista.

Tancos. Dois tenentes-generais demitem-se por divergências com Chefe de Estado-Maior do Exército