O presidente do grupo parlamentar do PS, Carlos César, afirmou este domingo que as vítimas dos incêndios de Pedrogão Grande não serão abandonadas, ao contrário do que aconteceu com as vítimas das cheias nos Açores, quando o PSD/CDS-PP era Governo.

Nós somos solidários com o nosso país e, neste caso como em outro qualquer, não deixaremos as pessoas sós e a recorrerem à banca sem a proteção, defesa e ajuda do governo”, sustentou.

Na sua intervenção na apresentação da recandidatura de Vítor Figueiredo à Câmara de S. Pedro do Sul, Carlos César aludiu às cheias que assolaram ao Açores, quando a coligação PSD-CDS/PP estava no Governo.

“Quando vejo agora o PSD e o CDS instar o Governo a tudo resolver de um dia para o outro, lembro-me como o Governo do PSD e CDS reagiu, por exemplo, às calamidades naturais que assolaram os Açores, com fortes prejuízos. Disse aos açorianos vão à banca, que é como quem diz, resolvam vocês os vossos problemas”, referiu.

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De acordo com o presidente do PS e antigo presidente do Governo Regional dos Açores, o atual executivo saberá reconstruir o que é possível, devolvendo a normalidade às pessoas e procedendo a uma “reabilitação exemplar”.

“Ajudaremos as pessoas, como já o estamos a fazer, procurando fazê-lo depressa e bem”, acrescentou.

Para Carlos César, esta é mesmo uma obrigação e um dever perante todos aqueles que foram prejudicados.

Ao longo do seu discurso, Carlos César aproveitou ainda para sublinhar que o PS vai dar continuidade à obra que têm em mãos há dois anos.

“Criámos 264 empregos por dia nestes dois anos. Diminuímos o número de desempregados em 137 mil”, apontou.

No primeiro trimestre deste ano, o investimento “teve o maior crescimento desde 1998”, destacando ainda que a confiança dos consumidores cresceu pelo décimo mês consecutivo.

“A carga fiscal baixou em 2016, depois de no último ano de governo do PSD/CDS ter atingido o nível máximo de sempre em Portugal”, disse ainda.

Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.

Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 imóveis, 205 dos quais casas de primeira habitação.

Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas que consumiram 53 mil hectares de floresta.