Eram 10h30 em França (menos uma hora em Portugal) quando um Citroën C4 Picasso autónomo se tornou no primeiro automóvel a cruzar um corredor de portagem em total autonomia. O feito foi alcançado na portagem de Saint-Arnoult-en-Yvelines, da rede de auto-estradas francesa Vinci, e dispensou qualquer intervenção do condutor, apesar de o corredor contar com uma largura de apenas três metros.

Para que tal fosse possível, para mais em condições reais de tráfego, revelou-se determinante a comunicação integral e específica existente entre o veículo e a infraestrutura. Sendo este um passo considerado pelo Grupo PSA como fundamental para o desenvolvimento do veículo autónomo para o nível 4 (sem supervisão do condutor).

De uma simplicidade evidente para qualquer condutor, a transposição de uma área de portagem acaba por ser um processo complexo para um veículo autónomo. Por requerer uma capacidade adicional de gestão dos fluxos transversais de veículos, que se movem aleatoriamente na aproximação a uma zona de portagens, e também por exigir uma correcta orientação do veículo autónomo nesta área, não raro caracterizada pela ausência de marcações no piso – não esquecendo a sua capacidade para conseguir lidar com qualquer emergência na passagem da barreira.

A realização desta tarefa implicou a implementação de um protocolo específico entre a infraestrutura da portagem e o Citroën C4 Picasso autónomo. No qual se incluiu a instalação de um sistema de orientação a 500 metros a montante da barreira (permite ao veículo seguir para uma faixa predefinida, direccionando-o até ao corredor de portagem seleccionado e equipado para o receber, indicando-lhe, depois, o caminho a seguir à saída da barreira, para que regresse à faixa da auto-estrada e possa continuar a orientar-se através das marcações no piso). Por outro lado, uma antena RSU montada 300 metros antes da portagem, deu autorização de passagem ao veículo, indicando se a barreira estava aberta. Finalmente, foi ainda necessário um sistema de informação da portagem modificado, para garantir a passagem de veículos autónomos (o sistema analisa, em tempo real, a disponibilidade do corredor e certifica-se de que estão reunidas as condições para permitir uma passagem segura).

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