O presidente do INEM assumiu, esta quarta-feira, “dificuldades efetivas” para garantir o funcionamento do dispositivo do instituto, revelando que um quinto das necessidades com o pessoal é assegurado através de trabalho extraordinário.
Numa audição na Comissão Parlamentar de Saúde, solicitada pelo PS, Luís Meira disse que os portugueses têm razões para confiar na assistência prestada por este organismo do Ministério da Saúde o qual, reconheceu, atravessa dificuldades ao nível dos recursos humanos.
Os trabalhadores têm feito um esforço — que deve ser reconhecido — para garantir a operacionalidade de meios”, acrescentou.
Ainda assim, em junho registou-se uma inoperacionalidade na ordem dos 2,2% em relação ao total dos turnos de ambulâncias de emergência médica.
Questionado sobre os tempos de atendimento das chamadas, Luís Meira afirmou que a média de atendimento se situa nos 26 segundos e que este tempo, que preocupa o INEM, é também um reflexo do défice nos recursos humanos.
Sobre as chamadas não atendidas, ou “desligadas na origem”, como o presidente do INEM lhes prefere chamar, entre janeiro e junho deste ano foram 41.708, o que representa 5,78% das efetuadas no mesmo período.
Ainda assim, cerca de metade das chamadas são recuperadas através do sistema que o INEM dispõe e que permite estabelecer a ligação entretanto terminada.