Cristiano Ronaldo e os seus assessores consideram que a Autoridade Tributária espanhola tem em marcha uma perseguição ao internacional português. A operação de fiscalização feita por três agentes do Fisco ao iate onde o jogador se encontrava com a família ao largo de Formentera, esta quarta-feira, foi justificada pelo organismo como uma ação habitual de controlo dos documentos das embarcações naquela zona. Os elementos mais próximos de Ronaldo questionam os argumentos apresentados.

A revista espanhola de celebridades Hola! foi a primeira a dar conta da ação de fiscalização. Com direito a gravação em vídeo, três agentes chegaram de lancha rápida e abordaram o iate alugado pelo jogador do Real Madrid, alegadamente para verificar se a documentação cumpria os requisitos legais.

Fisco espanhol entra no iate de Cristiano Ronaldo

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Segundo as autoridades aduaneiras, são frequentes as operações nas ilhas baleares aos alugueres dissimulados de iates cujos proprietários procuram manter essa atividade não declarando ganhos ao Fisco. As mesmas autoridades garantiram que esta ação não tem qualquer ligação aos processos em curso na justiça espanhola contra o jogador.

A Gestifute, empresa que presta apoia a Ronaldo — o internacional português que está ser investigado por uma evasão fiscal de quase 15 milhões de euros — questiona estes argumentos. O diário El País escreve esta quinta-feira, citando fontes próximas do jogador, que o iate de bandeira britânica não é propriedade do capitão da seleção nacional. Foi alugado por alguns dias e, dizem as mesmas fontes, a matrícula e toda a sua documentação são públicos.

Para a empresa, a operação serviu, apenas, fins “propagandísticos” usando a imagem de Cristiano Ronaldo para um “espetáculo desnecessário”.