O líder o PSD considerou esta sexta-feira que o “padrão” do Governo “é sempre o mesmo”, o da “incompetência”, não adiantando nomear novos secretários de Estado porque o executivo “não tem sequer a capacidade” de aprender com os erros.

Em Santa Maria da Feira, no jantar de apresentação dos candidatos à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e juntas de freguesia daquele concelho, Pedro Passos Coelho apontou como exemplo da falta de competência do Governo a “tragédia de Pedrógão Grande”, explicando que “é incompreensível como o Estado, nem quando os portugueses lhe oferecem o dinheiro para poder ajudar, mostra competência para lhes poder acudir de facto”.

Isto porque, acusou o presidente dos sociais-democratas, um mês depois dos incêndios que mataram 64 pessoas o Estado “ainda não conseguiu colocar” o dinheiro proveniente da solidariedade dos portugueses ao serviço das populações afetadas.

“Ora se esta incompetência continua a existir no Estado, então isso significa que este Governo não tem sequer a capacidade de aprender com os próprios erros. Podem nomear novos secretários de Estado, podem de hoje para amanha nomear novos ministro, mas o padrão é sempre o mesmo, incompetência, empurrar com a barriga e manter o país adiado, vivendo das boas notícias que vão aparecendo”, considerou Pedro Passou Coelho.

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Perante uma plateia que, segundo a organização tinha mais de quatro mil pessoas, o ex-primeiro-ministro, voltou a afirmar que o Estado “não há dúvida nenhuma que o Estado falhou” em Pedrógão Grande”, “como nunca tinha falhado” e que continua a falhar.

O Estado não falhou apenas há um mês quando aconteceu a tragédia, continua a falhar, continua a não fazer aquilo que é necessário, conseguiu até ainda não ter pronto o pedido de ajuda à União Europeia para poder reforçar os meios de ajuda às populações”, denunciou.

Por isso, o caminho de Portugal passa, para Pedro Passos Coelho, pelo retorno do PSD ao Governo. “Termino, dizendo o que tenho dito em muitas ocasiões, o PSD é indispensável para que Portugal possa crescer com outra ambição. Se quisermos preparar o futuro que esteja à altura das expectativas dos mais jovens, daqueles que querem apreender, fugir às condições atuais, acrescentar valor, criar emprego, distribuir melhor, então teremos que ser nós a preparar-nos para o fazer, porque infelizmente o tempo desta maioria está cada vez mais a esgotar-se, o tempo desta maioria é um tempo perdido para Portugal”, disse.