O cineasta alemão Wim Wenders, que realizou, entre outros, “Lisbon Story” e “Paris, Texas”, foi distinguido com o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural/2017, anunciou este sábado o Centro Nacional de Cultura (CNC).

Nesta quinta edição do galardão, o júri, “composto por especialistas independentes nos campos da cultura, património e comunicação de vários países europeus”, decidiu “conceder um reconhecimento especial” à eurodeputada Silvia Costa, do Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas.

O Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural/2017 será entregue no dia 24 de outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, ao cineasta alemão que “é distinguido pelo seu contributo excecional para a comunicação da história multicultural da Europa e dos ideais europeus”, segundo a mesma fonte.

A presidente do CNC, Maria Calado, em nome do júri, realçou que Wim Wenders é “uma figura chave do cinema contemporâneo europeu” e “um defensor acérrimo da Europa através do seu rico património cultural”.

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“Ao longo de 50 anos de carreira, ele tem sido um mestre na procura de imagens e palavras para capturar o sentido de lugar na Europa. O júri apreciou em particular a forma original como Wenders consegue dar vida aos valores e ideais europeus e promovê-los além-fronteiras, através do seu trabalho prolífico, que abrange filmes inovadores, exposições fotográficas, monografias, livros de filmes e coleções de prosa”.

A italiana Silvia Costa é distinguida “pelo seu contributo notável para o desenvolvimento da estratégia da União Europeia sobre o património cultural, e para a promoção do Ano Europeu do Património Cultural 2018”.

Sobre a eurodeputada italiana, Maria Calado referiu que “tem defendido vigorosamente que o património cultural é uma grande mais-valia para as instituições da União Europeia e para os Estados-Membros e tem promovido o reconhecimento do seu valor social e económico a nível europeu”.

“Ela tem sido uma das figuras políticas centrais por trás do Ano Europeu do Património Cultural, que se celebrará em 2018. Enquanto líder da equipa de negociação do Parlamento Europeu responsável por esta iniciativa, a eurodeputada Silvia Costa tem destacado a dimensão europeia do nosso património comum, sublinhado a importância do património cultural na comunicação dos valores europeus e defendido que a União Europeia adote a uma política abrangente para o património cultural como um legado duradouro do Ano Europeu”, afirmou Maria Calado.

O Prémio Europeu Helena Vaz da Silva foi instituído em 2013 pelo Centro Nacional de Cultura, em cooperação com a organização não-governamental Europa Nostra, que o CNC representa em Portugal, e o Clube Português de Imprensa, e visa distinguir contribuições excecionais para a proteção e divulgação do património cultural e dos ideais europeus.

O escritor italiano Claudio Magris foi o primeiro laureado com o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva, em 2013, e em 2014 foi o escritor turco Orhan Pamuk, que recebeu o Nobel da Literatura em 2006. Em 2015 foi galardoado o músico espanhol Jordi Savall e, no ano passado, em ex-aequo, o cartoonista francês Jean Plantureux, conhecido como Plantu, e o ensaísta português Eduardo Lourenço.