O presidente da ANA – Aeroportos de Portugal, Carlos Lacerda, considerou neste sábado que o quadro atual de efetivos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no aeroporto de Lisboa é suficiente. A edição de hoje do jornal Expresso dá conta de que os inspetores do SEF acusam o Governo, a ANA e a TAP de estarem a pressionar os inspetores para acelerarem o controlo dos passaportes a quem chega ao aeroporto de Lisboa para reduzir os atrasos, uma denúncia que é feita pelo presidente do sindicato dos trabalhadores do SEF, Acácio Pereira.

Em declarações aos jornalistas à margem da chegada do primeiro voo de ligação entre o Japão e Portugal, Carlos Lacerda começou por sublinhar que estas acusações “vêm de um representante sindical do SEF”, acrescentando que a colaboração da ANA com a direção do SEF “tem sido fantástica”, não só no aeroporto de Lisboa, mas também no do Porto e no de Faro.

Sublinhando que o aeroporto de Lisboa “está, de facto, sobrecarregado em termos de movimento”, o presidente da ANA diz que está disponível para “toda a colaboração para otimizar sem pôr em risco a segurança do país”.

Carlos Lacerda defendeu ainda que é preciso “trabalhar no sentido de diminuir o tempo de espera à entrada na fronteira porque tempos de espera muito elevados são uma má entrada no país”. Quando questionado sobre se o quadro atual de efetivos do SEF é suficiente para proceder a esta otimização, o presidente da ANA respondeu afirmativamente: “Penso que sim”.

Também presente na iniciativa de boas vindas do primeiro voo comercial direto entre o Japão e Portugal, operado pela Japan Airlines, estava o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, que disse que o Governo “está a trabalhar e está a trabalhar bem” nesta matéria. “Estamos há muitas semanas a trabalhar entre o Ministério da Administração Interna, a direção do SEF e a ANA no sentido de sermos todos mais proficientes com os recursos que temos disponíveis”, afirmou Pedro Marques.

O governante sublinhou que “o SEF já aumentou os recursos disponíveis no aeroporto de Lisboa, em particular para resolver o potencial estrangulamento nas primeiras horas da manhã, quando chegam muitos voos comunitários”.

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