O Presidente cubano, Raul Castro, declarou na sexta-feira que a linha dura de Washington para com Havana, decidida por Donald Trump, representa um “recuo” nas relações bilaterais, restabelecidas em 2015 após meio século. “Os anúncios feitos pelo atual Presidente (…) significam um recuo nas relações bilaterais”, disse Castro no final de uma sessão no parlamento cubano.

A poucos dias do segundo aniversário da reabertura da embaixada cubana em Washington, a 20 de julho de 2015, Raul Castro atacou no parlamento a política iniciada por Donald Trump que limita as viagens dos cidadãos norte-americanos a Cuba e impede negócios de empresas dirigidas por miliares cubanos, omnipresentes no setor do turismo.

O Presidente norte-americano endureceu o tom face a Cuba em meados de junho, na Florida, representando um retrocesso à aproximação iniciada pelo seu antecessor, Barack Obama no final de 2014 — até então as relações entre os dois países estavam bloqueadas desde a revolução castrista de 1959.

Donald Trump criticou o regime “brutal” dos comunistas no poder em Havana. Para Raul Castro, as novas medidas correspondem a um endurecimento do embargo em vigor contra Cuba, desde 1962, e estão impregnadas de “uma retórica antiga e hostil, própria da Guerra Fria”.

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