As famílias dos dois instruendos que morreram no curso de comandos pedem indemnizações ao Estado que rondam pelo menos 650 mil euros. De acordo com o Público, a família de Hugo Abreu já entregou um pedido de indemnização civil que é superior a 300 mil euros e a família de Dylan da Silva vai fazer um pedido no valor de 350 mil euros. Os pedidos de indemnização vão ser decididos em julgamento em conjunto com o processo criminal.

No final de junho, o Ministério Público avançou com 489 acusações contra 19 militares ligados ao 127.º curso de Comandos, no âmbito do processo em que se investigavam as circunstâncias que levaram à morte dos instruendos. Ao todo, estão em causa crimes de abuso de autoridade por ofensas à integridade física.

O maior número de acusações visa o 1º sargento Gonçalo Fulgêncio e os 1º cabo Fábio António e José Pires — respetivamente, o oficial da instrução de tiro e responsável pela formação e os encarregados de formação.

Cada um dos militares poderá — porque ainda há possibilidade de ser requerida a abertura de instrução do processo e de alguns dos crimes não chegarem a julgamento — responder por 59 crimes: 57 de ofensas à integridade física simples e dois de ofensas graves, cada um deles punido com penas que vão dos dois aos oito anos de prisão, no primeiro caso, e dos oito aos 16 anos de prisão, no segundo.

Comandos. 19 militares acusados de 489 crimes

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