O conjunto das balanças corrente e de capital apresentou um défice de 447 milhões de euros até maio, mais 110 milhões de euros em comparação com o mesmo período de 2016, divulgou esta quarta-feira o Banco de Portugal (BdP).

Segundo uma nota estatística divulgada pela instituição, para o aumento do défice contribuíram as componentes da balança de bens e de rendimento primário. Assim, refere o BdP, o aumento do excedente da balança de serviços observado em maio “foi insuficiente para compensar o aumento do défice da balança de bens”.

Até maio, a balança de bens e serviços registou um excedente de 366 milhões de euros, menos 531 milhões de euros do que no período homólogo, as exportações, quer de bens quer de serviços, cresceram 13,4% e as importações aumentaram 15,7% (16,3% nos bens e 13,2% nos serviços).

Na balança de serviços, o excedente da rubrica Viagens e turismo aumentou 607 milhões de euros, fixando-se em 3,070 mil milhões de euros.

o défice da balança de rendimento primário, segundo o BdP, aumentou 186 milhões de euros, situando-se em 2,299 mil milhões de euros, influenciado pelos dividendos pagos ao exterior em maio.

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O excedente da balança de rendimento secundário, por sua vez, aumentou 409 milhões de euros, em resultado da variação das transferências correntes recebidas e da diminuição da contribuição financeira paga à União Europeia.

Nos primeiros cinco meses de 2017, o saldo da balança financeira registou um aumento dos ativos líquidos de Portugal sobre o exterior no valor de 32 milhões de euros.

No mês de maio, as administrações públicas, o setor financeiro, exceto o banco central, e os particulares registaram um aumento dos ativos líquidos sobre o exterior. Pelo contrário, sinaliza, as sociedades não financeiras e o banco central apresentaram um decréscimo de ativos líquidos sobre o exterior.