Também envolvida no escândalo da manipulação de emissões nos motores a gasóleo, a Porsche admite acabar com os diesel já no virar da década. Quem avança a notícia é a agência Reuters, a quem o CEO da casa de Estugarda, Oliver Blume, terá confirmado que a marca vai ter de decidir, até 2020, se a sua mais recente geração de motores a gasóleo será, ou não, a última a ser produzida. Com o próprio Oliver Blume a admitir que a marca pode descontinuar por completo os motores a gasóleo. Ou seja, acabar de vez com este tipo de propulsão na sua oferta.

“É claro que estamos a ponderar isso”, reconhece Blume. No entanto, o mesmo responsável faz questão em frisar que ainda não foi tomada qualquer decisão a esse respeito. “Há diferentes cenários para as gerações que se seguem”, observa. Mas fontes do fabricante revelaram à Reuters que um desses cenários é a Porsche abandonar o diesel.

Actualmente, os automóveis a gasóleo correspondem a 15% das vendas globais da Porsche – que, em 2016, atingiu um recorde de 237.778 veículos entregues a clientes. Ainda assim, trata-se de uma percentagem bem inferior à de marcas (rivais) como a BMW ou a Audi – a primeira a ter nos diesel 35% de novos registos, enquanto para a segunda representam cerca de dois terços das vendas na Europa.

Nos planos da Porsche, para os próximos 10 a 15 anos, está oferecer um mix que combina motores a combustão com uma série de propostas eléctricas, de que o Mission E será o modelo de estreia, a par de modelos híbridos plug-in. Mas a propulsão a gasóleo em concreto tem sentença marcada para 2020. E só há uma de duas opções: ou continua a fazer parte da oferta ou não.

Para já, certo é que o modelo que introduziu este tipo de propulsão na gama da Porsche – o Cayenne, em 2009 – vai apresentar-se na sua nova geração em Setembro (provavelmente no Salão de Frankfurt) e continuará a ter uma versão diesel.

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