As remessas dos trabalhadores portugueses em Angola subiram em maio, face ao período homólogo do ano passado, 59,6%, para 20,97 milhões de euros, enquanto as remessas dos angolanos a trabalhar em Portugal subiram 20,7%.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, os portugueses a trabalhar em Angola enviaram em maio deste ano 20,97 milhões de euros, o que revela uma subida de 59,6% face aos 13,14 milhões enviados em maio do ano passado.

Em sentido inverso, os angolanos a trabalhar em Portugal enviaram em maio para o seu país de origem 1,75 milhões de euros, subindo 20,7% face aos 1,45 milhões enviados no mesmo mês do ano passado.

O forte aumento das remessas dos emigrantes portugueses em Angola fez com que as verbas totais enviadas pelos emigrantes portugueses nos PALOP tenham também uma subida significativa.

Tradicionalmente, as verbas dos emigrantes portugueses em Angola representam a quase totalidade dos valores provenientes dos PALOP, e maio não fugiu à regra: dos 21,63 milhões enviados pelos portugueses nesses países, 20,97 vieram de Angola.

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O Banco de Portugal, como é costume, não especifica os valores pelos países africanos lusófonos, com exceção de Angola, pelo que não é possível saber as verbas provenientes de cada país individualmente.

As remessas totais dos trabalhadores portugueses no estrangeiro subiram 22,4% em maio, comparando com o mesmo mês do ano passado, enquanto as verbas enviadas para os seus países pelos estrangeiros a trabalhar em Portugal aumentaram 9,4%.

As remessas dos emigrantes passaram de 246 milhões de euros em maio do ano passado, para 301,2 milhões em maio deste ano.

Em sentido contrário, as verbas enviadas pelos trabalhadores estrangeiros que trabalham em Portugal passaram de 44 milhões em maio do ano passado para 48,1 milhões de euros em maio deste ano.

Como tradicionalmente, os emigrantes portugueses em França foram os que mais contribuíram para o valor final das remessas, tendo enviado 90,4 milhões de euros, o que representa uma subida de 10,5% face aos 81,8 milhões enviados em maio do ano passado.