O excedente da balança comercial dos produtos florestais diminuiu 76,7 milhões de euros em 2016, face a 2015, informou esta quinta-feira o INE, recordando que a área ardida no ano passado foi superior em 55% à média do período 2012-2016.
No ano passado, o saldo da balança comercial dos “Produtos do setor florestal”, tradicionalmente excedentário, foi de 2,5 mil milhões de euros, o que corresponde a uma redução do excedente em 76,7 milhões de euros face ao ano anterior, segundo as estatísticas agrícolas de 2016 do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgadas esta quinta-feira.
Entre as justificações para a diminuição, está o aumento das importações (+68,2 milhões de euros) e a redução nas exportações (-8,5 milhões de euros).
A área ardida no país “foi superior em 55% relativamente à média do quinquénio 2012-2016”, lê-se ainda no boletim, que destaca os anos de 2013 e 2016, que registaram valores “claramente acima da média registada no quinquénio em análise (103 mil hectares ardidos)”.
Em 2016, a área florestal ardida em Portugal mais do que duplicou face a 2015, totalizando 160,7 mil hectares.
A área ardida por ocorrência de incêndio mais do que triplicou, atingindo uma média de 12,3 hectares (ha) por ocorrência de incêndio (4,1 ha em 2015)”, segundo o INE.
De 1 de janeiro a 22 de junho deste ano, segundo o boletim estatístico, registou-se uma área ardida de 55 mil hectares de floresta, dos quais 9,8% em zonas de intervenção florestal e 0,3% em Áreas Protegidas.
“De referir que desde janeiro a área ardida é próxima da ocorrida em todo o ano de 2015”, concluiu-se.