A Guiné-Bissau foi eleita esta quinta-feira país organizador do V Congresso de Educação Ambiental dos Países da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP), a realizar em 2019. A decisão foi tomada no IV Congresso de Educação Ambiental, cujos trabalhos terminam esta quinta-feira na ilha do Príncipe.

Quatro países concorreram à organização do próximo congresso – Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau. Os dois primeiros acabaram por retirar as suas candidaturas. O presidente da Rede Lusa da Guiné-Bissau, Fernando Saldanha, considerou a “vitória” do seu país como “uma mensagem não só no domínio ambiental, mas, sobretudo, no domínio político”.

Para que possamos organizar um congresso na Guiné-Bissau, o país tem de estar estável politicamente, tem de cumprir normas democráticas. Essa mensagem [que] nós sentimos, vamos levá-la para as nossas autoridades”, disse Fernando Saldanha.

Fernando Saldanha promete mostrar aos delegados ao próximo congresso “a espetacularidade que a natureza oferece”. Em declarações à agência Lusa, o chefe da delegação de Angola ao congresso no Príncipe, César Mário Cassule, afirmou que este país pretende colher experiências dos outros membros da comunidade, tendo em conta que o processo de educação ambiental é um dos grandes desafios do Governo nos últimos anos.

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Karélia da Costa, da mesma delegação, disse que Angola tem feito progressos no que respeita à “conscientização ambiental”, que considera como “uma das prioridades”. As autoridades educativas têm realizado ações que passam pela produção do “Manual do Ativista Ambiental” e promovido jornadas e feiras ambientais no quadro do Programa de Educação, Formação e Consciencialização Ambientais (PEFCA).

Adriana Mendonça, diretora nacional de Educação de Cabo Verde, na intervenção em que deu a conhecer algumas ações de educação ambiental realizadas nas escolas, sublinhou, em particular, a importância da educação pré-escolar.

O objetivo deste congresso foi refletir sobre alguns dos principais problemas ambientais da atualidade, à escala global e no contexto de São Tomé e Príncipe, e sobre a importância de que se reveste o ensino experimental enquanto processo promotor de aprendizagens e facilitador de interpretação de fenómenos naturais e riscos ambientais.