O Kremlin negou esta quinta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, tenham mantido um encontro “secreto” na cimeira do G20, mas confirmou que falaram da “adoção” de crianças russas por cidadãos norte-americanos.

Apenas posso confirmar que este tema, na verdade, foi debatido, não posso dizer mais nada“, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ao ser questionado pelos jornalistas sobre se os dois presidentes tinham falado sobre as adoções durante o jantar de líderes da cimeira.

Peskov assegurou que não houve qualquer reunião “secreta” dos dois presidentes durante a cimeira do G20 em Hamburgo, a 7 de julho.

Trump afirmou na quarta-feira, numa entrevista ao New York Times, que falou com o homólogo russo cerca de 15 minutos durante o jantar do G20, mas garantiu que a conversa consistiu “mais do que tudo numa troca de cumprimentos“. Também disse que ambos discutiram as adoções de crianças russas por parte de cidadãos dos Estados Unidos.

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A Rússia proibiu que os norte-americanos adotem crianças russas em resposta à Ley Magnitski, aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos em 2012 e que permite a Washington impor sanções a cidadãos russos considerados responsáveis de violações dos direitos humanos.

Segundo o filho mais velho de Trump, Donald Trump Jr., foi esse o assunto que falou com a advogada russa Natalia Veselnítskaya na polémica reunião de junho de 2016, na qual supostamente recebeu informação prejudicial para a então candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton.

Na terça-feira a imprensa norte-americana revelou que Trump e Putin mantiveram um segundo encontro na cimeira do G20, mas a administração norte-americana disse que se tratou de uma simples conversa.