O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se na segunda-feira para debater os mais recentes confrontos entre israelitas e palestinianos, que já provocaram a morte de sete pessoas na última semana.

Segundo a Reuters, França, Suécia e Egito pediram uma reunião para “discutir com urgência” como podem ser apoiados os pedidos para travar a escalada de violência em Jerusalém.

Secretário-geral da ONU “deplora profundamente” morte de três palestinianos

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Também a União Europeia exortou Israel e a Jordânia — responsável dos lugares religioso muçulmanos em Israel — a procurarem “soluções para manter a segurança de todos” em Jerusalém.

Os confrontos, que já fizeram sete mortos, surgiram depois de vários dias de tensão por causa das novas medidas de segurança junto à entrada da Esplanada das Mesquitas, um local sagrado para os muçulmanos em Jerusalém, e onde se encontra a Cúpula da Rocha, no topo da Mesquita de Omar e de onde Maomé terá subido aos céus, e a Mesquita de al-Aqsa, o terceiro lugar sagrado do Islão, a seguida a Meca e Medina.

Israel colocou detetores de metais para proibir a entrada de armas no local sagrado depois de dois polícias israelitas terem sido assassinados por três israelo-árabes perto da Esplanada das Mesquitas, no passado dia 14 de julho.

Os muçulmanos, contudo, recusam-se a passar pelos detetores de metais, o que levou a confrontos entre os palestinianos e a polícia israelita.

Um palestiniano foi morto já este sábado durante confrontos com as forças de segurança israelitas na Cisjordânia, refere o jornal israelita Haaretz. A vítima foi baleada no peito e acabou por morrer no hospital de Ramallah.

Na sexta-feira, outros três palestinianos morreram – dois deles com 17 anos — e centenas ficaram feridos durante protestos em Jerusalém e na Cisjordânia.

Dois morreram em Jerusalém oriental, depois de milhares de muçulmanos se terem recusado a entrar no local sagrado e terem começado a rezar nas ruas em torno da Cidade Antiga, lê-se no jornal inglês The Guardian. Um terceiro palestiniano morreu em Ramallah, na Cisjordânia. No mesmo dia, quatro israelitas foram esfaqueados em casa, num colonato israelita na Cisjordânia.

Três morreram, um homem na casa dos 60 anos e um homem e uma mulher com cerca de 40 anos — pai e respetivos filhos. A única sobrevivente, mãe e mulher das vítimas com 68 anos, foi hospitalizada. O agressor, um palestiniano com cerca de 20 anos, foi baleado por um vizinho e levado para o hospital, de acordo com o Haaretz.

Tendo em conta a escalada de violência, as autoridades israelitas vão retirar os detetores de metais e substituí-los, já este domingo, por trajetos com cercas que levam os muçulmanos até à Esplanada das Mesquitas, refere Haaretz.