O Congresso dos Estados Unidos chegou a acordo para aplicar sanções à Rússia pela interferência nas eleições presidenciais de novembro do ano passado, que ditaram a eleição de Donald Trump, e para limitar a capacidade do Presidente de remover sanções contra Moscovo. A União Europeia já se mostrou preocupada com as consequências da ação e pede coordenação aos Estados Unidos.

Os negociadores chegaram a acordo no Congresso e o pacote de sanções contra a Rússia, Irão e Coreia do Norte, que estava preso na Câmara dos Representantes depois de passar no Senado com 98 votos a favor e apenas dois contra, deve chegar mesmo às mãos de Donald Trump. Não é claro se o Presidente dos Estados Unidos irá assinar a lei, ou vetá-la, depois de esta ser submetida a votação na Câmara.

“Aqueles que ameaçam a América e os nossos interesses devem ficar avisados – as vossas ações têm consequências”, disse o líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.

O acordo deixa Donald Trump numa posição difícil. A porta-voz da Casa Branca já havia dito no passado que o Presidente está contra a limitação do seu poder, porque limita também a sua capacidade de fazer diplomacia. Mas um veto a sanções à Rússia numa altura em que as ligações da sua campanha a Moscovo estão sob intenso escrutínio pode deixar Donald Trump numa posição politicamente mais complicada.

No entanto, não é Donald Trump que tem razões para estar preocupado. A União Europeia mostrou isso mesmo numa comunicado emitido por uma porta-voz da Comissão Europeia diz que as sanções que o Congresso preocupam pelas consequências também nos países europeus.

“Estamos preocupados que as medidas discutidas pelo Congresso dos Estados Unidos possam ter consequências indesejadas não apenas no que diz respeito à unidade transatlântica e no G7, mas também para os interesses económicos e de segurança energética da União Europeia. Este impacto pode ser potencialmente abrangente e indiscriminado, incluindo no que diz respeito aos esforços de diversificação energética”, disse a mesma porta-voz em comunicado.

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