O secretário do Partido Comunista da China (PCC) na cidade central de Chongqing e ex-ministro, Sun Zhengcai, visto como um dos possíveis sucessores do Presidente chinês, Xi Jinping, vai ser investigado por corrupção, revelou esta segunda-feira o partido.

Membro do Politburo do PCC, o poderoso grupo de 25 membros que dirige os desígnios do partido, Sun foi acusado de “graves violações de disciplina”, eufemismo com o qual se alude no partido a presumíveis práticas de corrupção.

O político, que foi ministro da Agricultura entre 2006 e 2009, foi afastado de surpresa do seu cargo em Chongqing no passado dia 15 de julho, tendo sido substituído por Chen Miner, ex-chefe de propaganda do Presidente Xi Jinping.

Sun tem 53 anos e é um dos membros mais jovens do Politburo, pelo que se situava entre os grandes favoritos a ascender a cargos de relevância no Estado, que o partido prepara para outubro ou novembro próximos.

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Será nessa altura celebrado o XIX Congresso do PCC, no qual se prevê que sejam nomeados novos líderes para vários organismos de poder, no período determinante que antecede a sucessão de Xi Jinping à frente do partido e do Governo, prevista para 2022-23.

Ainda que o perfil autoritário e personalista do Governo de Xi Jinping tenha demovido grande parte dos analistas a fazer demasiadas especulações sobre a renovação política na China, dois nomes têm aparecido com frequências entre os favoritos: o de Hu Chunhua, líder do PCC na província de Cantão e o de Sun, agora descartado.

Sun liderava a política da cidade de Chongqing, uma das maiores do país, desde 2012, quando um dos seus antecessores no cargo, Bo Xilai, foi implicado num escândalo de corrupção e assassinato que lhe custou uma condenação a prisão perpétua.