Pelo menos 24 pessoas morreram num atentado suicida, esta segunda-feira, em Cabul, capital do Afeganistão. Segundo o Washington Post, um bombista fez-se explodir junto a um minibus no bairro de Dehbori — uma zona residencial onde vivem dirigentes afegãos –, perto da residência de Mohammad Mohaqiq, um dos políticos mais proeminentes do Afeganistão.

O ataque, que ocorreu perto das 07h00 (3h30 em Lisboa), fez ainda mais de 40 feridos, avançou o ministro do Interior, Najib Danes, lê-se na Reuters. 15 lojas e três carros ficaram destruídos ou danificados com a explosão.

Os talibãs, através do porta-voz Zabihullah Mujahid, já reivindicaram o atentado. Segundo a Reuters, Mujahid referiu que o alvo do ataque eram dois autocarros.

O The Guardian, que cita a polícia local, refere que a maioria dos mortos são funcionários do governo, que seguiam no autocarro. Já os talibãs, através de um comunicado citado pelo jornal inglês, dizem que no minibus estavam funcionários do serviços secretos afegãos.

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O The Guardian adianta que o ataque ocorreu depois de uma manifestação, agendada para esta segunda-feira, ter sido cancelada por questões de segurança. Um protesto semelhante há exatamente um ano foi alvo de um ataque de um bombista suicida, fazendo cerca de 80 mortos.

Nos últimos dias, têm ocorrido vários ataques no Afeganistão. Os talibãs acusam o atual Governo de ser apoiado pelo Ocidente e por uma coligação liderada pela NATO.

Este atentado ocorreu duas semanas depois de um outro atentado a uma mesquita, que fez pelo menos quatro mortos e foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

Desde o início do ano já morreram 1 662 civis no Afeganistão.