O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, evitou esta terça-feira comentar a divulgação, pela Procuradoria-Geral da Republica (PGR), da lista de mortos nos incêndios de Pedrógão Grande, por uma questão de respeito pela autonomia da Ministério Público (MP). Mas fez questão de recordar como as tragédias eram tratadas nos tempos da Ditadura do Estado Novo.

Em ditadura, lembro-me há 50 anos, era possível haver tragédias e nunca ninguém percebia bem qual eram os contornos das tragédias porque não havia um Ministério Público autónomo, juízes independentes e comunicação social livre. Em democracia há tudo isto“, lembrou o Presidente da República.

“Eu respeito a autonomia do Ministério Público”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, em direto para as televisões, durante uma visita ao posto de comando da proteção civil em Mação, onde o Presidente chegou cerca das 21h30. Marcelo respeita a decisão do MP “conduzir os seus inquéritos de foram autónoma”. “O Presidente da República a única coisa que pode fazer é não imiscuir-se no trabalho dos magistrados”, disse o Chefe de Estado.

A PGR confirmou esta terça-feira, em comunicado, que se registaram “até ao momento” 64 vítimas mortais nos incêndios de Pedrógão Grande, tendo divulgado a respetiva lista.

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