O PCP pediu esta quarta-feira explicações ao Ministério das Finanças sobre o que vai fazer o Governo para reverter a decisão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de aumentar as comissões bancárias.
Numa pergunta enviada ao Ministério das Finanças, o deputado Paulo Sá quer saber como avalia o executivo a noticiada decisão da administração da Caixa de alterar os preçários, pondo fim a isenções e aumentando os valores das comissões de manutenção de contas à ordem. E quer igualmente saber como o Governo avalia o “esbulho dirigido a reformados e pensionistas com mais de 65 anos”, o que contraria, segundo o PCP, os “avanços alcançados no último ano e meio com os aumentos de reformas e pensões”.
Na pergunta ao Governo, os comunistas retomam argumentação usada num comunicado de segunda-feira, dia em que foi noticiado, pelo diário Público, o aumento das comissões, e em que exigiam uma inversão da decisão do banco público.
O aumento das receitas da CGD, por via das comissões bancárias, é mais um passo que visa impor à Caixa critérios de gestão em linha com a banca privada e que, em última análise, favorecem sempre os grupos monopolistas que controlam o setor financeiro no país”, lê-se no texto da pergunta do PCP, que têm um acordo parlamentar de apoio ao Governo.
Este agravamento de preços é “ainda mais grave” porque “elimina isenções que até hoje reformados e pensionistas com mais de 65 anos” tinham no banco do Estado, lê-se ainda no texto dos comunistas. Os clientes da CGD, que até agora estavam isentos de comissões, vão passar a pagar 4,95 euros por mês ou a escolher a Conta Caixa com custos mais baixas, de acordo com a nova tabela de Comissões e Despesas da Caixa, revelada pelo jornal Público.