O número de feridos nos confrontos entre palestinianos e forças de segurança israelitas na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, depois de milhares de fiéis islâmicos convergirem para o local para rezarem, aumentou para 96.

O Crescente Vermelho palestiniano informou que dezenas de pessoas foram tratadas nas proximidades da Porta dos Leões, através da qual se acede à Esplanada, e dentro do próprio recinto, para onde se deslocaram as forças israelitas, que fizeram diversas cargas violentas. Os ferimentos foram causados por balas de borracha e espancamentos, incluindo fraturas de ossos. Pelo menos, quatro feridos foram transportados para hospitais.

A polícia israelita garantiu que os palestinianos, reunidos no recinto e nas suas proximidades, começaram a apedrejar os agentes, ferindo um destes, bem como para o Muro das Lamentações, principal lugar de culto judeu, que está nas proximidades da Esplanada.

“A polícia evacuou a zona para evitar feridos”, asseverou o porta-voz policial, Micky Rosenfeld, que adiantou que “a situação ficou controlada”. Os manifestantes içaram bandeiras palestinianas no topo da mesquita de Al Aqsa, dentro do recinto sagrado, algo que não é permitido, pelo que foram retiradas pela Polícia, informou a porta-voz Luba Samri.

Centenas de fiéis acorreram ao local, seguindo o apelo das autoridades islâmicas para que rezassem esta quinta-feira no recinto. O apelo surgiu após um período de quase duas semanas em que os muçulmanos não rezaram no local, em protesto contra as medidas especiais de segurança — entretanto retiradas – colocadas pelas autoridades israelitas na sequência de um ataque terrorista.

Algumas dezenas entre a multidão de manifestantes exigiram a abertura de todas as portas da Esplanada e alertaram que não iriam entrar quando viram que o acesso de Huta estava fechado. A 14 de julho dois polícias israelitas foram assassinados a tiro por três terroristas israelo-árabes muito perto do acesso de Huta (próximo da Porta dos Leões), o que levou à instalação de medidas de segurança reforçadas, como detetores de metais e controlos policiais mais apertados.

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