Agentes ligados aos Serviços Secretos russos terão tentado espiar a campanha de Emmanuel Macron para as eleições francesas deste ano, que viria a vencer de forma confortável no duelo com Marine Le Pen. Segundo a Reuters, que cita várias fontes incluindo um congressista norte-americano, estes agentes terão criado perfil falsos na rede social para, depois, “amigarem” pessoas relevantes da campanha de Macron — a intenção era vigiar esses elementos, obter informação privilegiada e ganhar acesso não autorizado a senhas e contas de e-mail.

Terão sido criados cerca de duas dúzias de perfis falsos, segundo a Reuters, agência noticiosa que lembra que a rede social Facebook anunciou em abril que tinha bloqueado contas falsas que estariam a espalhar informações falsas relacionadas com as eleições francesas.

A rede social terá desativado cerca de 70 mil contas falsas, que espalhavam propaganda relacionada com as eleições em França. Contudo, esta é a primeira vez que se fala na criação de perfis para tentar uma infiltração na campanha do ex-banqueiro. O objetivo último destas tentativas de entrada nos círculo de “amigos” seria a transmissão de software malicioso que pudesse abrir a porta a palavras-passe sensíveis ou contas de e-mail da campanha.

Terão sido os próprios funcionários do Facebook que detetaram as irregularidades e notaram que os métodos de tentativa de espiar pessoas pelas redes sociais eram os mesmos que já foram usados no passado pelos Serviços Secretos russos. A interferência em eleições no exterior, como nos EUA e em França, tem sido várias vezes desmentida pelo Kremlin.

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